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''Supercombo realiza apresentação da turnê ''Adeus,Aurora'' no Sesc 24 de Maio em São Paulo''

Em única data de apresentação, a banda Supercombo realizou show da turnê do novo álbum ''Adeus,Aurora'' com ingressos á preços populares na última sexta-feira(04/02) no Sesc 24 de Maio, zona central de São Paulo.


Supercombo no Sesc-Foto:Renata Porto



Em ascensão no cenário underground brasileiro e com grande destaque do rock nacional da atualidade, a banda capixaba de indie-rock Supercombo se apresentou na última sexta-feira (04/02) com a turnê do novo álbum ''Adeus ,Aurora'' no Teatro do Sesc 24 de Maio em São Paulo. O grupo que se tornou popular entre o público jovem nos últimos anos através da grande exposição nacional no programa de reality musical da TV Globo Superstar e também por mostrar através de letras de composições joviais, contextualizadas, didáticas e cheias de metáforas, poéticos, com abordagens sobre conflitos do mundo contemporâneo, com uma inquietude que transmitem refúgio a inúmeros jovens que se identificam com letras que retratam de forma realistas e com linguagem joviais as temáticas de comportamento como solidão, pressão social, autoconhecimento, medos, dilemas pessoais e os transtornos psicológicos como saúde mental, ansiedade e depressão que se tornou o grande problema da nossa sociedade atual.


O grupo de rock alternativo Supercombo tem em torno de treze anos de carreira com formação atual composta por Leonardo Ramos ( co-fundador ,guitarra,violão e vocal), Pedro Ramos (voz,guitarra e violão), Carol Navarro (voz,contrabaixo elétrico), André Dea(baterista) e Paulo Vaz ( teclados,piano digital, programações e efeitos), com seis álbuns de estúdio e 3 eps virtuais, a banda se consagrou definitivamente através dos últimos álbuns intitulados Amianto e Rogério, conquistando sucesso expressivo em plataformas musicais e serviços de streaming de música com milhões de acessos e visualizações de conteúdos, com participações concorridas e relevantes em festivais como o Lollapalooza ,Oxigênio e Planeta Atlântica.


Como era esperado e pela conhecida união dos fãs e público da banda, os ingressos para essa apresentação se esgotou em minutos após o anúncio de liberação de vendas através do site do Sesc SP, que devido as novas determinações da OMS está funcionando com capacidade reduzida para atender com mais segurança e responsabilidade seu público. A apresentação estava marcada para iniciar ás 20 horas com auditório lotado composto apenas por um público bem jovem em assentos marcados aguardando com grande ansiedade esse show iniciar. A banda estava há meses sem nenhuma apresentação presencial, teve alguns shows remarcados e trazia grande expectativa aos fãs que acompanham o quinteto em todos projetos, shows, lives e cidades por onde passam. Recentemente a banda anunciou o lançamento de ''Ao Vivo Quando a Terra Era Redonda'', a gravação de um show ao vivo no Audio Club em São Paulo com futura exibição em 15 salas de cinema em todo país com quase três horas de duração e depoimentos inéditos dos integrantes nos bastidores dessa apresentação.


O repertório da apresentação visou principalmente a nova turnê do álbum HQ Adeus,Aurora (2019) ,mas o quinteto presentou o público com inúmeras canções de sucesso da banda que agradou muito o público ali presente. Com poucos minutos de atraso para aquecimento do que ainda estava por vir, a banda iniciou a apresentação com uma presença de palco admirável, visto que a energia do grupo é contagiante, impossível ficar sentado nas cadeiras por muito tempo. Com abertura do show com interpretações das canções ''Meu Colorista'', ''Rogério'' e ''Jovem'', era nítido a conexão e a harmonia do público com a banda, cantando todas as canções em coros uníssonos. As letras das canções são cativantes e emotivas, transbordam espontaneamente inúmeros sentimentos e emoções, nos fazem refletir e até mesmo sentir-se mais jovem que a idade apresentada no Rg. Não era difícil ver algumas lágrimas nos olhos e semblantes emotivos entre a interpretação de uma canção para outra. Sem muitos delongas, veio na sequência ''Sol da Manhã, ''A Piscina e o Karma'',''O Guerreiro e a Selva'', ''Magaiver'' e ''Robozin'', em um belíssimo trabalho literário, metafórico e realista de canções que prendem a atenção pelo peso das letras, pelas múltiplas possibilidades sonoras, com a explosão do rock energético em performances fascinantes.


Com muita descontração em cima do palco e não poderíamos esperar nada menos de uma banda que dialoga diretamente com um público bastante jovem, os integrantes ganharam fôlego para enfatizar a alegria de pisar num palco em um ano cheio de incertezas, agradeceu integralmente a presença de quem compareceu e retirou algumas dúvidas dos fãs sobre shows que foram cancelados no início do ano. O set-list ainda contou com ''Parafuso a Menos, ''Menina Largata'', ''Guarda Chuva'',''2 em 1 '' e uma das mais esperadas da noite ,a forte e intensa composição homônima ''Amianto'', o que se tornou perceptível em muitos desses momentos, uma certa cumplicidade e sintonia entre os integrantes que interagiam proporcionalmente em cada canção com eles mesmos e retornavam a energia novamente ao público. As letras das maioria das canções são fáceis de memorizar, criativas,relevantes, engraçadas e cada uma de uma forma individual , com contexto único e particular interagem de forma realista, questionadora e nostálgica com problemas cotidianos e inúmeras fases da carreira da banda.


No último bloco da apresentação que durou um pouco mais que oitenta minutos, mas parecia que o tempo tinha ficado estagnado em cada canção e diálogos aleatórios com a plateia, o encerramento ficou por conta de '' Cela'', a acústica Saudade'', Se Eu Quiser'' ,''Maremotos'' ,''Grão de Areia'' e ''Bonsai'' ao qual Carol Navarro fez um discurso interessante e necessário sobre cuidar da saúde mental em tempos de pandemia. A banda se despediu do público com o retorno do bis com as faixas melodramáticas ''Monstros'' e ''Piloto Automático'' que foi responsável por encerrar mais uma apresentação memorável da banda que se despediram cordialmente, com promessas de voltar e trouxe de forma despretensiosa, autêntica e positiva mais esperança no futuro da nossa geração e da tão discriminada música nacional.











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