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''Oxigênio Festival 2024 realiza segunda data de apresentações musicais com shows internacionais, icônicos,nostálgicos,irreverentes de bandas relevantes da cena underground na Audio em SP''

Apesar dos desafios e incertezas, a Edição anual do maior festival underground de punk- rock, emo e hardcore da capital paulista, o Oxigênio Festival ficou marcado na história da música brasileira com apresentações memoráveis de bandas reconhecidas e relevantes pelo público. O evento que contou com mais de 20 bandas entre duas datas, encerrou o festival com muita maestria no domingo (04/08) com show apoteótico de The Get Up Kids na Audio Club, zona oeste de São Paulo.


The Get Up Kids no Oxigênio Festival- Foto: Renata Porto



Para a alegria dos fãs e admiradores de um dos maiores festivais de música relacionados as diferentes vertentes das músicas punk, emo, ska, hardccore e post-hardcore mundial, que teve seus anos de ascensão em duas décadas anteriores , marcando definitivamente o estilo, comportamento e o gênero no maistream e cultura alternativa brasileira, o público paulista foram contemplados com a união e perseverança assertivas de duas produtoras do segmento musical vindo de uma mesma geração, o Gig Music protagonizado pelo produtor e músico, Rafael Pelegrino e o proprietário da casa de shows Hangar 110, Marco Badin (Alemão), para consolidar no mercado por sucessivos nove anos o Oxigênio Fest, um festival voltado apenas a bandas do segmento musical que fizeram e fazem história no cenário alternativo e mainstream do rock mundial.


Como em edições anteriores do festival, ocorrerram alguns imprevistos e muitas alterações na primeira data do evento, algo que tem se tornado corriqueiro na vida de produtores, organizadores e idealizadores de eventos culturais, quando se tratam de festivais de grande porte, renomados e com compra e vendas amplas de ingressos. Em edições anteriores do Oxigênio Festival, já tiveram problemas relacionados ao espaço escolhido para a realização do evento, além de cancelamentos de atrações e neste ano não foi muito diferente, o festival que estava acordato em se realizar no Aeroclube Campo de Marte, zona oeste da capital paulista, nas duas datas consecutivas e com dois palcos simultâneos, precisaram de última hora ser remanejado para outros locais com um tempo extremamente reduzido, garantindo surpresas e frustações ao público que estavam ao caminho ou já esperavam no local previsto pelas aberturas oficiais dos portões da casa de eventos.


A boa notícia disso tudo é que o festival realmente aconteceu com baixíssimos cancelamentos de atrações e da presença do próprio público, na primeira data a produção se disponibilizou a sanar dúvidas, ampliar o horário de abertura dos portões, além de oferecer gratuitamente transportes de vans credenciadas do evento para todos que estiveram no espaço oficial dos shows até o novo local de apresentações , o renomado Cine Joia, (Praça Carlos Gomes 82), localizado no bairro da Liberdade, centro de São Paulo.


Na segunda data de apresentações das bandas programadas e remanejadas de horários no Oxigênio Festival, o público já estava mais confiante e menos abalado,a primeira data tinha sido um sucesso com a apresentação histórica de Hot Water Music, e a grande maioria que compareceram a primeira data de evento, retornaram ao novo local escolhido para o Fest pela excelente infraestrutura, localização privilegiada, diversos estandes de merchandising, praça de alimentação, serviços de bares e espaço amplo interno e externo que comportam um público numerosos com tranquilidade em grandes apresentações musicais, a Audio Club, (Av. Francisco Matarazzo 694), localizado na zona oeste da capital paulista.


Praça de alimentação e espaço de descanso na Audio- Foto:Renata Porto




Karaokillers -Atração do Segundo dia do Oxigênio Festival (04/08)



A abertura do festival no domingo (04/08) ficou por conta de uma das bandas veteranas e interativas do festival, mas ainda pouco conhecida do público, a banda Karaokillers ,grupo formado em torno de dez anos por artistas experientes do cenário musical, que incluem em suas respectivas apresentações um karaokê cooperativo com participações do público em canções com versões de clássicos musicais escolhidas em cada evento, possibilitando diversão ,interação e entretenimento entre os convidados. Nesta edição do Oxigênio Festival, até o produtor e idealizador do festival, Rafael Pelegrino (Piu) entrou na brincadeira e protagonizou momentos divertidos ao microfone juntamente com a banda e o público em alguma dessas canções.


Para o público que se organizaram no domingo ensolarado e chegaram cedo ao espaço para não perder nenhuma das apresentações, se surpreenderam pelo dinamismo,agilidade e interatividade escolhida para a segunda data de evento. Com dois palcos simultâneos entre o espaço principal e um outro espaço menor dentro do clubinho do evento, a programação prevista para o domingo seguiram dentro dos horários previamente agendados, mesmo com a inclusão e alterações de bandas que não puderam se apresentar na primeira data, além de algumas interações para distrair o público nos intervalos das apresentações,uma das patrocinadoras oficiais, o Instax Films , estava garantindo através de suas ativações, algumas recordações impressas desses momentos nas duas datas, realizando e distribuindo fotos instantâneas do público ,além de brindes relacionados ao festival.


Em sequência ao cronograma do festival, o público acompanhou no período vespertino as apresentações icônicas de bandas de rock e hardcore como a novata Swave, Faca Preta, December e Join The Dance, bandas antigas e atuais formadas por músicos conhecidos de outros projetos da cena alternativa que se uniram em projeto audacioso e assertivo de trabalho voltado a composições e sonoridades pautadas em variados estilo dentro do segmento do screamo,punk-rock, grunge, hardcore melódico e pop-punk brasileiro.


Mosh-pit do filho do vocalista no show da banda Faca Preta no Oxigênio Festival- Foto: Renata Porto



Algumas alterações foram necessárias para que o festival funcionasse dentro do previsto pela organização e principalmente pelo próprio público. Inevitavelmente algumas bandas conhecidas e reverenciadas pelo público foram retiradas do line-up por questão de logística dessa edição, como foi o caso da banda Apnea, banda do baterista Boka (Ratos de Porão) que mistura metal, stoner rock e indie rock, a street punk, o set-acústico do Gabriel Zander que apresentaria um repertório com clássicos de bandas que fizeram parte de sua trajetória artística como frontman e o Questions, nome altivo e potente do hardcore nacional com reconhecimento mundial, que retornaria ao festival após alguns anos, mesmo com essas ausências que foram sentidas por alguns dos fãs e admiradores que questionaram sobre o assunto no evento, o Oxigênio Festival garantiu escolhas assertivas e relevantes no line-up ofertado durante todo o evento.


Deb-Atração do Segundo dia do Oxigênio Festival (04/08)



Deb no Oxigênio Festival- Foto:Renata Porto



As novidades de domingo ficaram por conta de uma apresentação muito assertiva e cheio de personalidade do grupo paulistano Deb ( antigo Deb and The Mentals) , banda veterana de garage grunge ,que vem no decorrer dos anos amadurecendo e intensificando sua sonoridade abrangente intercalado no bem-sucedido vocal provocante ,posturada, performático e feminino da frontwoman e líder do grupo, Débora Babilônia , acompanhada pela formação atual composta por Filipe Fi do Nx Zero (guitarra ), Bi Free (baixo) e Antonio Fermentão (bateria). A apresentação do quarteto foi bem lotado no espaço menor da casa de shows e contou com uma plateia badalada composta por muitos músicos da cena que são amigos pessoais e parceiros de projetos de Débora e de alguns dos integrantes do grupo como as presenças na plateia de Alexandre Capilé (Sugar Kane), Gio Ferreira (Putz) , Carol Navarro (Supercombo) e Andre Déa (Supercombo e Sugar Kane), Fernando Sanches (ex-CPM22 e produtor da El Rocha Records) ,Carox ( Miami Tiger) ,Cris Botarelli ( Far From Alaska), Thiago DJ (89 FM) ,entre muitos outros que prestigiaram a apresentação ativamente na segunda data de festival.


O grupo Deb vem enfrentando polêmicas ,críticas e questionamentos sobre a sobrevivência e o futuro ao longo prazo do conjunto no decorrer dos anos, principalmente por ser considerado por alguns críticos com comparativos com a cantora brasileira Pitty , considerando inicialmente a banda como algo sem originalidade ao que já se tem expostos no mercado musical em constrates com a resistência, segurança e a propriedade em apresentar autenticidade, presença de palco e bem-sucedidos trabalhos intercalados com shows lotados dentro do cenário underground, tendo veiculado e sido reconhecido na mídia com dois bem-sucedidos discos de estúdio intitulados ''Babilônia'', primeiro projeto da banda feito inteiramente em português e ''Mess'' ,muito influenciados pelo pós-punk e pela geração grunge noventista.


Recentemente a banda se envolveu em uma polêmica em virtude do nome escolhido nos primórdios de sua fundação, a banda que é reconhecida nacionalmente por Deb and The Mentals desde sua formação há nove anos, precisou retirar todo o contexto do nome por ser considerado discriminatório com o termo capacitista.


Nitrominds-Atração do Segundo dia do Oxigênio Festival (04/08)


Nitrominds no Oxigênio Festival- Foto: Renata Porto



Mais um retorno aos palcos aconteceu no festival, uma das bandas lendárias e expoentes do hardcore brasileiro, a banda paulista de power trio com mais de trinta anos de estrada, o Nitrominds, além do Sugar Kane e Aditive retornaram em shows de reunião após um hiato de alguns anos ao palco do Festival Oxigênio Festival.


O power trio Nitrominds, é formado por André Alves ,Lalo Tonus e Edu Nicolini, e em clima de reunião que o trio vem realizando em eventos esporádicos , o trio revisitou discografias de clássicos da carreira em uma apresentação energética, cativante , agressiva e cheia de singles cantados em coro a plenos pulmões pelos fãs saudosistas que estavam no local.


Manguerbes-Atração do Segundo dia do Oxigênio Festival (04/08)



Manguerbes no Oxigênio Festival- Foto:Renata Porto


Finalizando as últimas apresentações musicais no palco menor do clubinho da Audio que eram intercalados com as apresentações de bandas maiores no palco principal, a banda paulistana de rap/punk/hardcore com mais de trinta anos de estrada dentro do cenário independente, uma das mais autênticas do cenário alternativo do segmento, Manguerbes, liderada pelo icônico Haroldo Paranhos, seguido pelos companheiros Fabrício Martinelli e Fabio Capelo (guitarra), Júlio Ramos (baixo) e Ricardo Fransciscangelis (bateria) realizaram uma apresentação intensa e veloz, pautadas nos últimos discos de estúdios do grupo intitulado ''Futuro' e o último trabalho lançado pelo selo Repetentes Records intitulado ''Rurais''.


Conhecida pelas temáticas sobre o cotidiano, memórias, ciclo da vida, diferenças que temos como indivíduos, quanto às nossas raízes, misturas de raças, cores e credo e conexões nas relações humanas em suas letras, como de costume em todas as apresentações do quinteto, o vocalista Haroldo Paranhos tranforma suas apresentações em uma divertida festa democrática de amigos, conhecido pela sua fraternidade e coletividade, sempre abandona o palco e circula pela plateia tranquilamente com suas performances intercalado com caras e bocas ,cumprimentando cordialmente o público, dividindo o microfone e permitindo que os mesmos participem ativamente de suas respectivas apresentações.


Em muitos momentos dessa apresentação Haroldo distribuiu aletoriamente frases motivacionais e positivas sobre memórias afetivas, reencontros, perseveranças nos objetivos e como os integrantes da banda encaram a vida ,não desistem e lutam pelos seus sonhos, principalmente celebração à vida, baseados em seus respectivos singles de uma extensa discografia de carreira, em um outro momento retirou a camiseta e enquanto apresentava singles como ''Saudade'', ''Futuro'', ''Bailão'' e Obrigado Vida'' , desenhou em seu próprio corpo um coração partido em um ato de extrema rebeldia contra as relações desumanas e o sistema.



Aditive-Atração do Segundo dia do Oxigênio Festival (04/08)


Aditive no Oxigênio Festival- Foto: Renata Porto



O Festival sempre teve como objetivo desde sua primeira edição permitir que o público possa se conectar através da música com bandas e artistas saudosistas e também da nova geração de expoentes culturais que fazem e fizeram histórias em suas vidas, juventude e principalmente no cenário underground nacional. E com um grande apelo emocional, já que é uma das bandas veteranas mais conhecidas pelo público, que deixaram saudades dentro do período de ascensão de bandas de rock brasileiro nos anos 2000, muitas delas em evidência por conta das rádios e programas televisivos de clipes da extinta MTV ,a banda paulistana de hardcore melódico Aditive, uma dos poucos artistas independentes que estiveram por quase todos os estados do Brasil, voltaram ao evento para um show comemorativo de mais de vinte anos que incluem integrantes da formação original intercalado com novos contratados.


A banda Aditive é composta atualmente por Sandro - voz e guitarra, Lou Reche (vocal e guitarra), Tiago Hóspede (baixo), Thiago Sierra (bateria) e Pablo Nechi (guitarra) e em torno de quase uma hora de apresentação mataram a saudade do público, anunciaram o retorno definitivo aos palcos, com um show progressivo, amadurecido, futurista e cheio de canções que embalaram o público nas últimas décadas de existência como ''Ignição'', “Trilha Sonora”, ''A Medida'', entre muitas outras, em riffs marcantes e pesados, com muita melodia e velocidade.


Sugar Kane -Atração do Segundo dia do Oxigênio Festival (04/08)



Sugar Kane no Oxigênio Festival- Foto: Renata Porto



Após o show nostálgico do Aditive, por volta de 20h foi anunciada a última atração brasileira do Oxigênio Festival, a banda curitibana Sugar Kane composta por Alexandre Capilé (vocal e guitarra) ,André Dea (bateria), Vinicius Zampieri (guitarra) e Caique Fermentão (baixo), que estão em uma ótima fase da carreira desde o anúncio do retorno aos palcos em meados de 2017.


A banda que está em turnê comemorativa, celebrando vinte e cinco anos de carreira com apresentações lotadas em todo o país, lançamentos em estúdio no segundo semestre do ano e um público cativo que acompanham a trajetória da banda por todos esses anos, encheram todo o espaço do palco principal da Audio em clima de celebração, arriscando vez ou outra alguns mosh-pit e stage dives ,além de presentear o público com uma sequência de clássicos em um show especial do disco ''A máquina que sonha colorido'' ,além de canções atemporais e mais conhecidas do grupo como 'A Máquina'', ''Despedida'' ,''Revolução'' ,entre muitas outras que agitaram os presentes e deixaram todos aquecidos para as atrações mais esperadas da noite, Chuck Ragan e The Get Up Kids .



Chuck Ragan- Atração do Segundo dia do Oxigênio Festival (04/08)



Chuck Ragan no Oxigênio Festival- Foto: Renata Porto



Como na noite anterior que o Oxigênio Festival recebeu a excelente e aclamada performance acústica de Chris Cresswell, além da dinâmica e ovacionada performance da clássica banda de punk rock Hot Water Music (EUA), sempre comandado pela voz e guitarras marcantes de Chuck Ragan, na noite de domingo o evento recebeu o projeto solo do frontman americano e o mesmo retornou ao Festival para realizar uma apresentação apenas com seu set-list acústico abrangendo toda a carreira, acompanhado de um violão, um sintetizador e uma guitarra acústica.


O frontman que é amado e respeitado pelo público que o acompanha há anos na banda de hardcore americana , emociona e impressiona com sua voz emocional e áspera, além de ser um artista completo em criação de melodias cativantes e envolventes.


Chuck Ragan no Oxigênio Festival- Foto: Renata Porto


E de fato foi um dos momentos mais tranquilos, atônitos e mágicos do Festival, Chuck Ragan desfilou hits como ''Remedy'', ''Fullset'', ''Bedroll'', ''Nothing Left to Prove'', entre muitas outras, enquanto era ovacionado e acompanhado de perto em coro pelo público, em um dos momentos mais marcantes do festival, em extrema cumplicidade e sintonia de fã com seu ídolo.



The Get Up Kids -Atração Principal do Segundo dia do Oxigênio Festival (04/08)



    The Get Up Kids no Oxigênio Festival- Foto: Renata Porto



Com casa extremamente lotada de pessoas de todas as idades e regiões do país ,com expectativas criadas em um final de noite de um domingo, uma das atrações mais esperada da última data do Oxigênio Festival era a apresentação de The Get Up Kids (EUA), uma das bandas mais influentes do rock alternativa/emo da década de 1990, que retorna ao Brasil após sete anos, em apresentações no Circo Voador no Rio de Janeiro e em São Paulo exclusivo no palco do Oxigênio Festival 2024, para celebrar 25 anos do disco clássico Something to Write Home About (1999) , para finalmente tocá-lo na íntegra e mais outros hits da carreira.


A banda norte-americana de indie-rock The Get Up Kids é formada por Matt Pryor (vocal e guitarra), Jim Suptic(guitarra e vocal) , Rob Pope (baixo), Ryan Pope(bateria) e James Dewees (teclado), e retornaram ao país para entregar uma apresentação emocionante e muito esperada pelos fãs noventistas, muitos que estavam ali divididos entre plateia e camarote, exibiam tatuagens em homenagem aos ídolos, além de muitos desses fãs terem comparecido ao show do Rio de Janeiro antes de se aventurar e enfrentar a maratona de shows, para assistir ao quinteto no festival.


Sem medir esforços devido á altura do palco, uma parte mais animados do público subiram ao palco para afagar, dançar e cantar com os integrantes, alguns estavam decididos em realizarem em coordenação com a plateia os famosos mosh-pit, que se tornaram tradicionais em apresentações mais veloz ,energéticos e ensurdecedoras , surpreendendo os músicos em sua apresentação. Talvez os americanos não estejam tão acostumados com o calor e o afeto brasileiro ,em alguns momentos da apresentação eram nítido o incômodo do frontman em ter algumas pessoas subindo deliberadamente no palco na tentativa de o abraçar e beijá-lo, em um momento isolado, Matt Pryor visivelmente incomodado e introspectivo chegou a empurrar um fã mais afoito que insistia em se aproximar. Em outro momento ficaram mais à vontade e até se divertiram com as dancinhas criativas de algumas pessoas em cima do palco, recebendo elogios e simpatia publicamente por parte dos integrantes da banda.



A banda passou por distintas fases da carreira em mais de uma hora e meia de apresentação em uma celebração nostálgica, com muitas lágrimas e emoções por parte da plateia, o público estava sedento por esse show há mais de vinte anos ao qual os músicos não decepcionaram. As faixas de clássicos como ''Valentine'', ''Rebel'', Holiday'', ''Action Action'', entre muitas outras em um set-list de vinte e uma canções, foram muito bem executado e bem-sucedidos, garantindo bons momentos e saudades antes mesmo de terminar o evento por grande parte do público que resistiram até o final.




























































































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