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''Espetáculo Simplesmente Clô, com Eduardo Martini trouxe o público de volta as salas de teatro''

Em cartaz desde o final do ano de 2020,o espetáculo que transita entre obra e vida do estilista Clodovil Hernandes intitulado Simplesmente Clô, homenageia o mesmo com interpretação solo e impecável do ator e diretor Eduardo Martini. O espetáculo segue em cartaz aos finais de semana no Teatro União Cultural em São Paulo.


Eduardo Martini em Simplesmente Clô- Foto: Divulgação



Em impressionante semelhança com trejeitos, caracterização e sonoridade do personagem mais emblemático e irreverente na história da moda e da política desse país, o saudoso Clodovil Hernandes(1937-2009), o monólogo encenado pelo experiente ator Eduardo Martini, leva ao palco em forma de homenagem a sua memória, uma interpretação cativante, autêntica e fiel a um personagem que mudou definitivamente a forma de vestir moda, de fazer TV e desmistificar sem pudores toda faceta íntima e apodrecida das pessoas que cruzaram seu caminho. Adorado por uns e odiado por muitos, Clodovil não tinha muitas papas nas línguas e sempre opinava da forma mais sincera, se envolvendo em polêmicas, desestabilizando emocionalmente e socialmente clientes, convidados e até amigos pessoais, sem nenhum sentimento de piedade ou remorso.


E não faltou repertório para que Clodovil recebesse uma singela homenagem nos palcos de muitos que o admiravam e compreendiam a personalidade forte do estilista. Com uma trajetória requintada e louvável, Clodovil Hernandez revolucionou o mundo da moda e da televisão quando se tornou o costureiro preferido das socialites brasileiras com vestuários em modelagens únicas, alta-costura, luxuosos e cheias de personalidades, encantando uma parcela grande de uma sociedade matriarcal e conservadora dos anos 70,se tornando referência na moda brasileira.


Com um monólogo inspirado na vida e obra de Clodovil, escrito pelo jornalista e dramaturgo Bruno Cavalcanti, o espetáculo Simplesmente Clô com Eduardo Martini reabriu de forma presencialmente as portas do teatro União Cultural em São Paulo, para uma temporada com período indefinido por conta da fase amarela na cidade, mas seguindo rigorosamente todos os protocolos de segurança e distanciamento social determinadas pelo Ministério da Saúde e governo do estado.


Com sessões lotadas desde o início da temporada, o espetáculo inicia-se pontualmente com um Eduardo Martini impossível de reconhecer. Com cabelos grisalhos, óculos, figurino todo branco, cenário composto por itens de decoração da casa do ator e réplicas de vestidos luxuosos em tonalidade branca, semelhante as criações do estilista, o público se vê durante sessenta minutos de encontro com o próprio Clodovil Hernandez, uma semelhança que chega ser impressionante de tão análogo com o costureiro. E no decorrer do espetáculo, se revive toda a trajetória do mesmo, de momentos gloriosos na sua sólida e peculiar carreira à alguns momentos de solidão e fracasso. Clodovil era um homem inquieto, controverso, irreverente, carismático e polêmico, transitou entre carreiras distintas que não passaram despercebido, ganhando notoriedade onde passava. Começou como costureiro da elite paulistana, transitou por inúmeros programas de TV em diversas emissoras, terminando sua vida como um dos deputados federal mais votado no país.


Clodovil-Foto: Divulgação



Dono de bordões que divertiam o telespectador, conservador e homossexual assumido, sua história é retratada no teatro de forma divertida, usando diversos trechos de frases polêmicas e debochadas do personagem para dar mais autenticidade a encenação e interpretação emocionante do ator Eduardo Martini, que conviveu com o estilista, conheceu seu lado artista, mas teve a possibilidade de conhecer seu lado mais humano, cativo, solitário e benevolente , ao qual sempre se importava com seus próximos, com pessoas em situações de vulnerabilidade social , deixando parte da fortuna conquistada em mais de quarenta anos de carreira a instituições filantrópicas brasileiras.


Assinando a direção junto com Viviane Alfano e texto de Bruno Cavalcanti, Eduardo Martini resgata e relembra toda sua trajetória em ampla e cuidadosa pesquisa e estudo sobre vida, comportamento e obra do estilista durante o período mais rígido de enfrentamento da pandemia. O espetáculo é apresentado aos sábados e domingos no Teatro União Cultural, em São Paulo.



Serviço:


''Simplesmente Clô''


Local: Teatro União Cultural- SP


Horários: 21 H ( sábado) ; 19 h(domingos)


Lotação: 130 lugares, obedecendo as medidas de distanciamento.


Endereço: Rua Mário Amaral, 209 , telefone: 11-38852242


Preço do ingresso : R$ 35,00 (meia) a R$ 70,00 ( inteira)


Classificação etária: 12 anos


Link para venda: www.sympla.com.br



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