''Espetáculo Homens no Divã completa 10 anos e fará nova temporada em São Paulo''
- Renata Porto
- há 8 horas
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Após sessões lotadas durante as comemorações pelos seus 10 anos, a comédia mais comentada de São Paulo retorna pela primeira vez ao palco do Teatro-D-Jaraguá.
O fenômeno Homens no Divã já ultrapassou a impressionante marca de 400 apresentações e foi visto por milhares de espectadores em todo o Brasil à partir de sexta , 01/08/25 às 20h.

Foto: MOISÉS PAZIANOTTO – Apresentação no Teatro Sérgio Cardoso, em SP, para mais de 800 pessoas.
Utilizando estereótipos masculinos para apontar e tratar as falhas desse universo, o texto é recheado de situações divertidas sobre o cotidiano dos homens, na adaptação e atualização feita por Darson Ribeiro a cada temporada — um dos méritos da peça, segundo o diretor.
“A direção ágil, construída a partir das idiossincrasias masculinas, foi justamente pensada para brincar com assuntos difíceis à primeira vista (e até hoje, tabus), como traição, preconceito, machismo, narcisismo, sexo — temas que ainda constrangem quando abordados em público, especialmente pelos homens. E é no teatro que se tornam libertadores, por serem apresentados de forma lúdica e acessível”, afirma Darson.
Mesmo tendo, cada um, seu momento de divã com a psicanalista (de quem só se ouve a voz — e, no caso, a inconfundível voz de Marília Gabriela), o tête-à-tête freudiano acaba acontecendo entre os três, na antessala do consultório. Ora conscientes, ora não, mas sempre espontâneas, as personagens vão desconstruindo condições e comportamentos ultrapassados — e, por isso, agradam não só às mulheres, mas também aos homens.
O RECEIO DA PSICANÁLISE
A voz da temida Dra. Maczka foi pensada por Darson justamente diante do receio que muitos homens ainda têm desse profissional. Analisado há muitos anos, o diretor acumula exemplos e experiências que lhe permitem concatenar as teorias freudianas com muita destreza. A psicanálise, assim, torna-se alavanca para as mudanças internas e externas na vida dos três protagonistas, expondo falhas, vícios e patologias de tipos masculinos com os quais o público se identifica facilmente — e, por isso, se envolve e torce pela “salvação” (elaboração, em linguagem psicanalítica) dos personagens. Sempre tendo como ponto de partida — e de chegada — as mulheres. Daí a escolha de uma voz marcante como a de Marília Gabriela.
SINOPSE
Para não perderem seus homens amados, Kelly, Tássia e Marjorie sugerem a terapia como última tentativa de salvar a relação. Assim, o bombeiro Renato Paes de Barros Seabra, que usa o sexo para suprimir seu complexo de inferioridade; o ginecologista Carlos Eduardo Carrara Travertino, que se autoprojeta por seu alto grau de narcisismo; e o executivo Frederico Freitas Fernandes, afogado na baixa autoestima e confrontado com a traição da esposa — assistida ao vivo e a cores — correm para buscar socorro no divã freudiano. Ali, espontaneamente, começam a dividir neuroses e também a se conhecer. Três homens distintos, com profissões igualmente distintas — escolhidas por Darson com base no “fetiche feminino”: um executivo (Darson), um ginecologista e um bombeiro (Billi e Chelucci) — tornam-se grandes e fiéis amigos, e descobrem o valor do relacionamento.

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