''Em temporada gratuita e sucesso de público, espetáculo “O JULGAMENTO DE SÓCRATES” realiza circulação por vários Centro Cultural paulistas''
- Renata Porto
- 12 de nov.
- 5 min de leitura
Peça “O JULGAMENTO DE SÓCRATES” realiza circulação por vários equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, com dez apresentações gratuitas.
Espetáculo convida o público a uma imersão na Grécia antiga para reviver a tragédia filosófica que explora coragem, integridade e os limites entre a lei e a consciência.

O Julgamento de Sócrates- Foto: Ronaldo Gutierrez
Com texto de Régis de Oliveira - que estreou na dramaturgia com o sucesso “O Deus de Spinoza” - direção de Bruno Perillo e Luiz Amorim como protagonista, O Julgamento de Sócrates é um mergulho na essência humana e no drama que é um marco da filosofia ocidental.
"Mais que o relato de um fato histórico, o espetáculo é um espelho para nosso tempo: o que acontece quando o pensamento livre desafia o poder?" questiona Régis de Oliveira sobre a atualidade do tema.
Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) é reconhecido como o pai da filosofia. É atribuído a ele o pensamento “Só sei que nada sei” reconhecendo a sua própria ignorância diante do verdadeiro conhecimento. Sócrates foi acusado de corromper a juventude e profanar deuses o que o levou para a sua condenação à morte. É a partir deste fato que a peça se desenrola.
Acusado por cidadãos atenienses de corromper os jovens e de profanar os deuses da cidade, Sócrates é condenado à morte. A tragédia aprofunda-se na prisão e na real possibilidade de fuga. Mas Sócrates recusa e enfrenta seu destino com ironia sagaz e lógica implacável.
Para ele, trair as leis de Atenas seria trair a própria alma, e a coerência entre pensamento e ação não se negocia.
Em seu último dia de vida ele conduz com seus amigos seus últimos diálogos: uma meditação sublime sobre a imortalidade da alma, a coragem perante o desconhecido e a beleza de uma vida vivida sem mentiras. Com uma serenidade que desafia a própria morte, ergue a taça de cicuta e bebe.
"A peça humaniza o ícone: Sócrates não é um mármore, mas um homem que ri, questiona e enfrenta a morte sem medo” fala o ator Luiz Amorim que vive o filósofo no espetáculo.
O Julgamento de Sócrates é um mergulho na essência humana: o conflito entre convicção e conveniência, o preço da verdade e o legado de quem escolhe morrer de pé para que suas ideias vivam para sempre.
Baseada e inspirada em três livros de Platão (“A Apologia de Sócrates”, “Críton” e “Fédon”) o texto de Régis de Oliveira traz um ritmo dinâmico, leve e muito atual ao personagem considerado o pai da filosofia moderna. Com movimentos bem desenhados, cenografia inspirada e música grega acompanhada de banda executada ao vivo, a peça tem um grande apelo popular.
SINOPSE
Em uma Atenas tomada pela tensão entre tradição e pensamento livre, Sócrates — o filósofo que desafiava certezas e incitava a juventude a questionar — é arrastado ao tribunal. Acusado por cidadãos atenienses de corromper os jovens e de profanar os deuses da cidade, ele enfrenta seu destino com ironia sagaz e lógica implacável. Não suplica por clemência, mas defende a vida como um dever sagrado, transformando sua apologia num manifesto sobre liberdade e integridade.
FICHA TÉCNICA:
O Julgamento de Sócrates
Texto: Régis de Oliveira
Direção: Bruno Perillo
ELENCO:
Luiz Amorim
Breno Ganz
Carlos De Niggro
Magnus Odilon
Marcus Veríssimo
Nalini Menezes
Priscila Camargo
Priscilla Dieminger
Roberto Borenstein
Cenografia e Figurinos: Chris Aizner
Iluminação: Cesar Pivetti
Direção de Movimento: Marina Caron
Direção Musical: Bruno Perillo
Assistência de Produção: Mirtes Ladeira
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Designer Gráfico: Luciano Alves
Fotografia: Ronaldo Gutierrez
Contrarregra: Magnus Odilon
Camareira: Mirtes Ladeira
Produção: Regis de Oliveira e Bruno Perillo
Instagram @julgamentodesocrates
Serviço:
6 e 7 de novembro | 20h
Centro Cultural Santo Amaro
Av. João Dias, 822 - Santo Amaro
8 e 9 de novembro | 20h/19h
Centro Cultural Penha
Largo do Rosário, 20, Penha de França
11 de novembro | 10h
Centro Cultural da Juventude
Av. Dep. Emílio Carlos, 3641 - Vila Nova Cachoeirinha
13 de novembro | 19h
Teatro Flávio Império
R. Prof. Alves Pedroso, 600, Cangaíba
20 de novembro |19h30
CEU Vila Curuçá
Av. Marechal Tito, 3.452 - Vila Curuçá
23 de novembro | 14h
CEU Lajeado
Rua Manuel da Mota Coutinho, 293 - Lajeado
25 de novembro | 19h
Teatro Flávio Império
R. Prof. Alves Pedroso, 600, Cangaíba
11 de dezembro | 15h
CEU Taipas
Rua João Amado Coutinho, 240 - Jaraguá
Duração: 80 minutos. Classificação: 12 anos.
Gênero: Drama
RÉGIS DE OLIVEIRA que além de desembargador renomado, é uma pessoa pública de notório saber, ex-deputado - já foi até prefeito da cidade de São Paulo - é também romancista e autor de vários livros. Dedicado ao estudo da Filosofia, ele estreou no mundo da dramaturgia com a peça “ O Deus de Spinoza”. “Eu sempre me dediquei ao pensamento e à reflexão. E já há anos tenho professores particulares ou consultores, especialmente para a Filosofia. Para escrever esta obra, contei muito com a assessoria do Professor Maurício Marsola, que me conduziu na interpretação de Spinoza”, diz nosso autor. E segue: “Também tive assessoria para o estudo da filosofia e da doutrina judaica, tão importantes para entender a condenação de Spinoza, contextualizá-la e também para contar essa história. Spinoza é um dos mais notáveis filósofos de todos os tempos. A peça não é um estudo biográfico nem de análise de sua obra. Trata-se de localizar o autor em seu tempo, imaginar os confrontos que teve por força de sua crença religiosa em face de outra”. Estreia agora seu novo texto “O julgamento de Sócrates”.
BRUNO PERILLO é Ator e Diretor Teatral. Iniciou sua carreira em 1994. Fez parte de dois grupos teatrais de grande importância no cenário brasileiro: Grupo Tapa (1994–2001) e Folias D’Arte (2001–2012). Realizou workshop com o diretor inglês Declan Donellan (2008) e Master Class com o dramaturgo inglês Sir David Hare (2009). Pós-graduado em Direção Teatral pela Escola Superior de Artes Celia Helena (2013), recebeu indicações para prêmios como Shell (2009, direção musical de Querô), APCA (2019, direção de Chernobyl) e Aplauso Brasil (2019 e 2023). Em 2023, apresentou O Beijo no Asfalto no Festival Internacional de Cali, na Colômbia.
Dirigiu Copo Vazio (Angela Ribeiro), Chernobyl (Florence Valéro), O Beijo no Asfalto (Nelson Rodrigues), A Vida em Vermelho (Aimar Labaki), Tango (Priscila Gontijo), Ato a Quatro (Janie Bodie), Velhos Tempos (Harold Pinter), Ânsia (Sarah Kane), Cabaret Luxúria (Rachel Ripani), Swallow (Stef Smith), Nada Mais Foi Dito (Luis F. Carvalho) e Lorelay (Marie Darrieaussecq).
Atuou em mais de 30 peças, além de novelas, filmes e séries. No cinema, participou de Salve Geral (Sergio Rezende), Onde Andará Dulce Veiga (Guilherme de Almeida Prado), O Último Chá (David Kullock), Amparo e Mario Wallace Simonsen (Ricardo P. Silva), A Felicidade de Margô (Mauricio Eça).
Na TV, esteve em Viver a Vida, Belíssima, Passione (Globo), Carrossel (SBT), e séries como O Negócio, Surtadas na Yoga, Buu, entre outras.






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