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''Em retorno aos palcos, Paulo Ricardo celebra 35 anos de Rádio Pirata ''em show em São Paulo''

O cantor e compositor Paulo Ricardo retornou as apresentações de comemorações da tour ''Rádio Pirata Ao Vivo-35 anos'' com única data neste sábado(04) na Audio em São Paulo.


Paulo Ricardo-Foto: Renata Porto



Com casa lotada e um clima indescritível de festa e confraternização, neste último sábado(4),o cantor e compositor Paulo Ricardo retornou aos palcos com seu show comemorativo aos 35 anos de Rádio Pirata Ao Vivo na Audio, casa de shows localizado na Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.


Com protocolos rigorosos e medidas de prevenções impostas pelo OMS no controle da disseminação pela pandemia do novo Coronavírus, o formato do espetáculo precisou ser reformulado, com capacidade reduzida, distanciamento de público através de assentos e mesas distribuídos entre pista e camarotes, uso obrigatório de máscaras e obrigatoriedade do comprovante de vacinação que precisou ser apresentado juntamente com o ingresso na entrada principal. Entre um público em maioria oitentistas e trajando inúmeras camisetas com o slogan dessa nova turnê do artista, rapidamente todo o espaço do show foi tomado por um público eufóricos e ansiosos por essa apresentação, que foram adiadas algumas vezes no período da pandemia e que de forma incontestável, tornou-se um dos maiores álbuns de rock nacional da década dos anos oitenta, juntamente com sua antiga banda RPM , resultando na gravação do segundo álbum da banda e um dos discos mais vendidos da indústria fonográfica brasileira, com mais de 3,7 milhões de cópias.


A nova turnê intitulada ''Rádio Pirata ao Vivo-35 anos'', estreou com casa extremamente lotada no Rio em setembro e segue percorrendo diversas cidades brasileiras. Em reedição e produção do álbum lançado no ano de 1985,o espetáculo solo de Paulo Ricardo trouxe diversos elementos que fizeram história e sucesso no show original como canhões de laser, caveira ao fundo do palco e seu inconfundível visual ''rockstar'' com trajes escuros e jaqueta de couro, não deixando nada a desejar a quem não teve a oportunidade de vivenciar todo esse momento na turnê estreante em meados dos anos oitenta.



Paulo Ricardo-Foto: Renata Porto


E esse clima da década de oitenta não parou apenas na nostalgia de estar revivendo esses momentos memoráveis de apresentações numerosas e fervorosas de uma das maiores bandas de rock nacional da época. Sempre multifacetado e com a capacidade generosa de se reinventar, quem adentrava o espaço de shows, se deparava com um DJ aquecendo pelo que ainda ia vir e proporcionando sonoridade com grandes clássicos da mesma época, enquanto o público aguardavam o início da apresentação, que já prometia ser memorável, consumindo drinks e comidas rápidas que era ofertado pelo cardápio da casa. Em semelhança ao atendimento oferecido pela casa de shows EDA, com a mesma estrutura de grandes shows com acompanhamento de drinks e comidas variadas servidos na mesa, o público se animava uma vez ou outra com sucessos como Ritchie, Barão Vermelho, Cazuza, Paralamas do Sucesso, entre outros, além de vivenciar a experiência de estar finalmente numa apresentação presencial de um dos artistas que sempre arrastou e continua arrastando multidões por onde passa.


E diante de um público ansiosos e cheios de expectativas para a apresentação, Paulo Ricardo acompanhado pelo seu baixo, se aproxima do palco próximo do horário previsto para o início da apresentação, seguido de seus músicos de apoio, Ícaru Scagliusi (guitarra),Raphael Basso(bateria) e Ruben Cabrera(teclados),músicos que o acompanham nesta nova fase da carreira, já que infelizmente travou uma briga na justiça com ex-integrantes do RPM por conta de direitos autorais. Com uma energia contagiante, muito furor e gritos eufóricos de Revolução, revolução'', Paulo Ricardo levantou a plateia, demonstrou carisma e versatilidade, além de ser notável um deslumbrante jogo de luzes e canhões de laser, sendo mais um show á parte. E com a primeira canção da apresentação ''Revoluções Por Minuto'', canção que intitula outro disco de grande sucesso, com vendas absurdamente impactantes e outro marco na sua carreira, se mostrava atemporal e extremamente abrangente ao momento político e social que vivenciamos em nossa atualidade. E seguidos das canções '' Alvorada Voraz, ''Louras Geladas'' e Estação do Inferno'', entre outras em mais de uma hora de apresentação, Paulo Ricardo embalou o grande público e até surpreendeu ao mostrar seus dotes como baixista ao utilizar sua famosa Steinberger XL-2 Headless em muitas das canções mais aclamadas pelo público.


E toda essa espera pós-pandemia valeu a pena para quem guardou seus respectivos ingressos, o próprio músico fez questão de agradecer pela espera e pela paciência, enfatizou brevemente sua alegria em estar ali e até quebrou alguns protocolos de segurança , se aproximando algumas vezes do público, abaixando no palco e tirando algumas fotos, pegando na mão de alguns fãs mais atrevidos, que deixavam seus lugares marcados para uma tentativa de aproximação com o artista. E de fato o clima era de intensa confraternização, o público não se conteve ao reviver inúmeros sucessos da banda RPM e de um dos maiores sex-symbol de toda uma geração oitentista. Alternando canções da carreira solo, releituras e clássicos do RPM, Paulo Ricardo chegou próximo da finalização da apresentação incluindo no set as canções ''London, London'' de Caetano Veloso, versão que fala de seu exílio político em Londres durante a ditadura e fez grande sucesso com a versão mais pesada e encorpada regravado pelo RPM e a canção ''Flores Astrais'' em homenagem a banda Seco &Molhados, banda que consagrou e tornou Ney Matogrosso conhecido mundialmente.


De fato é praticamente impossível que Paulo Ricardo repita o sucesso estrondoso do passado, mas manteve todos esses anos, mesmo em uma carreira solo, um público cativo e fiel, que sabiam todas as letras sem precisar ouvir os nomes das canções para acompanha-las. Em um físico e aparência extremamente jovial, Paulo Ricardo fez o indicativo que a apresentação chegava ao final a apresentar asa duas últimas canções de encerramento a instrumental ''Naja'' e ''A Fúria do Sexo Frágil'', antes de tomar um certo fôlego para os pedidos clichês do bis. Ao agradecer cordialmente a presença do público, ser ovacionado e se ausentar do palco, o público não se conteve e permaneceram em pé enlouquecidos com os pedidos de bis e na expectativa de ouvir a canção que sugere o nome da apresentação. Em instantes, os músicos retornaram aos palcos e de forma assertiva apresentou as canções ''Vida Real'' e finalizou em definitivo a apresentação daquela noite com ''Rádio Pirata'', realizando um show certeiro de grandes hits e recheados de grandes canções que demonstrou o porquê jamais irá sair do show business brasileiro. Seus últimos agradecimentos foram inúmeras vezes confundidos com até um até logo de uma plateia envaidecida, que consumiu em mais de sessenta minutos, uma das melhores apresentações brasileira da vida delas, compensando esse hiato de mais de um ano.


Paulo Ricardo definitivamente fez um show que seu público merecia ver. Sem esforço de agradar, merecidamente é um dos artistas mais conceituados e reverenciado de toda uma geração. Com ou sem a banda RPM, seu legado continuará.




Paulo Ricardo-Foto: Renata Porto



Paulo Ricardo-Foto: Renata Porto









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