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''Em nova reedição, A Flor do Meu Bem Querer segue temporada de sucesso em São Paulo''

O espetáculo A Flor do Meu Bem Querer, escrita originalmente em 2003 pelo ator e diretor Juca de Oliveira, retorna em cartaz para temporada no reformado e com nova administração da Opus Entretenimento, Teatro Opus Frei Caneca, localizado na zona central da cidade de São Paulo.


A Flor do Meu Bem Querer-Foto: Divulgação




Para comemorar em grande estilo o retorno das programações culturais do Teatro Frei Caneca, agora sob a administração e direção da Opus Entretenimento, a comédia teatral que satiriza a classe política intitulada A Flor do Meu Bem Querer de autoria do ator e diretor Juca de Oliveira, que também atua no espetáculo no personagem do homem rústico do campo, esteve em cartaz há mais de vinte anos na capital paulista e, estreou recentemente com sessões de sexta á domingo em temporada até 29 de Maio.


Em nova reedição e com texto com enredo focado na nossa situação política atual e abordando de forma realista os bastidores da política brasileira, o espetáculo A Flor do Meu Bem Querer enfatiza com senso de humor o contraste de personagens vivendo uma vida simples no campo e o corrompido político da capital. O mesmo espetáculo foi sucesso de bilheteria em meados dos anos de 2003 no antigo teatro Cultura Artística, localizado também na zona central da cidade. Com texto reescrito e adaptado, o espetáculo gira em torno de um senador Zé Otávio (Leo Stefanini) que está numa campanha de reeleição ao Senado, com sérios problemas de corrupção, escândalos, traições e lavagem de dinheiro. Com o dinheiro congelado na Suíça, tem poucas chances de realizar uma boa publicidade. Em última alternativa, o senador enxerga a oportunidade de vender a fazenda da família Bem Querer para financiar sua campanha eleitoral. De outro lado, encontra-se o cotidiano de uma família de colonos que vivem há mais de cinquenta anos na fazenda do senador e estão ameaçados de expulsão, depois que ele vende a propriedade para fazer caixa.


Ao realizar a venda da fazenda no interior de São Paulo, o senador ambicioso e cheio de vícios políticos, nem se preocupa com as famílias que residem lá, inclusive a jovem Flor(Natália Rodrigues) , com quem se relaciona e com quem supostamente tem um filho. A comédia ainda escancara de forma criativa o mercado do DNA e a excessiva exploração de casos de paternidade pela mídia como programas sensacionalista no jornalismo contemporâneo.


Com inúmeras reviravoltas na história ,o espetáculo crítica e satiriza de forma mais explícita o escandaloso e corrompido sistema político brasileiro, a peça ainda cita nomes conhecidos e polêmicos como Jair Bolsonaro, Gleisi Hoffmann, João Dória e Luís Inácio Lula da Silva, todos candidatos políticos a possível reeleição do ano de 2022.O espetáculo tem desagradado uma parte do público e da classe política que consideram um espetáculo de teor anti-petista, no entanto ao contrário da primeira montagem na derrota de José Serra a presidência e a chegada de Lula ao cargo de presidência, numa campanha anti-tucano, o espetáculo não toma partido de nenhum político e não oferece apoio explícito em nenhum dos partidos políticos.


Todos os personagens do enredo do espetáculo tem papéis fundamentais e relevantes no decorrer da dramaturgia. A direção dessa nova montagem é realizada pelo ator e diretor Leo Stefanini que também cuida do cenário e interpreta o Senador Zé Otávio. Além de Léo, um grande elenco foi escalado. Também estão no elenco além de Juca de Oliveira, os atores Rosi Campos, Nilton Bicudo, Juliana Araripe, Natalia Rodrigues e Daniel Warren. Em off tem participação especial de Angela Dippe na locução da personagem Tati. Os ingressos custam a partir de R$80,00 e podem ser adquiridos pelo site .


A HISTÓRIA

Nhô Roque vive o drama da afilhada que engravida do Senador com poucas perspectivas de que o filho seja reconhecido pelo pai. A Fazenda Bem-Querer é vendida e eles têm que sair, o que é em si, uma enorme tragédia. Dos Anjos, como mulher responsável por Flor, potencializa os problemas de Nhô Roque porque o drama da afilhada a atinge com mais força.

O despejo da fazenda é a morte para ela. Flor concebeu um filho que não terá pai, se arrependeu, e sofre a discriminação de mãe solteira num mundo rural ainda conservador. O que fará com o menino sem um teto e sem qualquer trabalho para alimentá-lo?

Gosta de Jacinto, mas ele a rejeita quando o DNA revela a paternidade do Senador. Jacinto é apaixonado por Flor, mas vive o drama da aceitação. Tem medo de que a diferença de cultura entre ambos inviabilize a relação. Concebe um filho com Flor, tem a prova de que o filho é seu, mas sua insegurança o leva a vacilar e adulterar o exame de paternidade para fugir à responsabilidade.

Entre os caipiras até o cachorrinho Pitoco está choramingando pelas desgraças que farejou. O Senador Zé Otávio está numa campanha à reeleição ao Senado, com sérios problemas. Com o dinheiro congelado na Suíça tem poucas chances de realizar uma boa publicidade. É compelido a vender a fazenda da família para fazer caixa. Além disso, se preocupa com a indiscrição de suas namoradas. Vanessa gasta o dinheiro que lhe resta e se constitui numa ameaça caso os seus namoros venham a público. Tati, a secretária, é discreta, mas pode desandar.

Chico Lima estudou em Harvard, se preparou para a vida profissional e, no entanto, tem de se submeter ao autoritarismo megalomaníaco de um homem insensível e corrupto. Ama Vanessa em silêncio já que ela vive sob a proteção financeira de Zé Otávio.

Vanessa é aviltada na sua relação de amante com o Senador, mantém um caso clandestino com Chico Lima, sem coragem para assumir, e quase morre degolada no elevador do comitê. Enfim, todos em crise, sem nenhuma razão para o riso, para a brincadeira. Todos estão amarrados às suas ansiedades e angústias. A situação é que é paradoxal e, portanto, engraçada. Quanto mais seriamente a comédia for representada, mais engraçada.


FICHA TÉCNICA

Texto: Juca de Oliveira

Direção: Léo Stefanini

Diretor assistente: Mauricio Guilherme

Cenário: Léo Stefanini, Janne Saviani e Wil Siqueira

Cenotécnicos: Wil Siqueira e Rafael Junqueira

Projeção: Luciana Ferraz e Otavio Juliano- Interface Filmes

Figurino: Isabella Oliveira

Iluminação: Cleber Eli

Trilha Sonora: Roberto Lazzarini

Fotografia: João Caldas Fº

Assistente de Fotografia: Andréia Machado

Assessoria de Imprensa: Agência Taga

Direção de Produção: Keila Mégda Blascke

Ingressos Promocionais Populares: sem a necessidade de comprovante para o preço "Inteira Popular". Para “Meia Popular” é necessário comprovação de acordo com a Meia Entrada.

SERVIÇO

“A FLOR DO MEU BEM-QUERER”

Teatro Opus Frei Caneca

Shopping Frei Caneca - R. Frei Caneca, 569 - Consolação, São Paulo - SP, 01307-001

Acessibilidade

Ar-condicionado

Capacidade: 600 pessoas

Estreia: 13 de janeiro de 2021

Sessões:

Sexta-feira, 20h

Sábado, 19h

Domingo, 18h

Duração: 90 min.

Classificação Etária: Livre. Maiores de 14 anos podem entrar desacompanhados. Menores de 14 anos somente acompanhados dos pais ou responsável legal.





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