''Com apresentações de The Calling,Fresno,Esteban,Plutão Já Foi Planeta,Festival Blast Party trouxe um line-up dos sonhos em evento de celebração aos 15 anos da gravadora Blast Stage Records''
Mesmo diante de alguns problemas técnicos que atrasaram a programação e encurtaram o set-list de cada apresentação,o Festival intitulado ''Blast Party'' realizado em 27 de Abril no espaço Inter,localizado em Guarulhos,na grande São Paulo trouxe line-up recheados de artistas renomados e atrações internacionais como The Calling, Sleeper Signal, Fresno, Esteban Tavares, Replace, entre muitos outros, em celebração aos 15 anos da gravadora Blast Stage Records.
Alex Band da banda The Calling-Foto: Renata Porto
Em comemoração aos quinze anos de atividade do selo da gravadora Blast Stage Records, aconteceu pela primeira vez na cidade de Guarulhos , o Festival intitulado ''Blast Party'', festival musical que reuniu atrações musicais de diferentes vertentes do rock, mas que conciliavam o público nostálgico dos anos 2000 com o público Tik-Tok da geração atual em uma grande festa de estilos, que além de muitos shows de artistas renomados nacionalmente do segmento POP-ROCK ,ainda contou com duas atrações internacionais ,espaço exclusivo para alimentação com diversos restaurantes renomados, estúdios de tatuagens e lojas credenciadas espalhadas por todo o espaço com roupas, bijouterias e acessórios da maioria das atrações escaladas para esse festival.
O evento foi realizado no penúltimo sábado, 27 de Abril, no recente inaugurado Espaço Inter, um moderno espaço de eventos, totalmente climatizado e projetado para acomodar até sete mil pessoas, transformando a cidade de Guarulhos em um polo vibrante de eventos. Com expectativa de um público de todas as faixas etárias e de diversas regiões da cidade de São Paulo, o festival que teve uma grande venda de ingressos divididos entre pista comum e pista vip, recebeu como atrações musicais as bandas Fresno, Esteban Tavares, Ananda, Replace e convidados, Plutão Já Foi Planeta, The Seer, Verdan, Sleeper Signa e The Calling ,as duas atrações internacionais mais aguardadas pelo público do festival e que seguem agenda cheia de shows em todo o país até o dia 24 de Maio.
A problemática da logística do festival começou logo cedo, com a abertura dos portões prevista para acontecer às 13hrs30, que devido a imprevistos no atraso de entrega de equipamentos de infraestutura e aval da prefeitura ,a produção do evento liberou as apresentações musicais com consideráveis atrasos, o que causou revolta no público presente e também na maioria das atrações musicais que teve shows encurtados, apresentações fora da sequência e set-list cortado quase pela metade de todas as atrações musicais.
Em contra-ponto todas as apresentações musicais agendadas previamente pelo festival aconteceram ,as atrações musicais de abertura do festival foram realizadas pelas aclamadas banda alternativas compostas pela banda paulista de Prog Metal, The Seer composto por Lucas Povinha, o guitarrista Rafael Savone, o baixista Clodoaldo Barboza, o tecladista Lucas "Salsa" Cardoso e o baterista Lucas Emidio, e a banda de indie-rock com vertentes de MPB, Verdan, composta pelos integrantes Gustavo Gabler (vocal), Guilherme Dutra (bateria), Pedro Dutra (baixo) e Victor Senna (guitarra e backing vocal)., que apresentaram respectivamente singles e trabalhos autorais que os tornaram notórios em plataformas musicais, programas televisivos e concursos de bandas em grandes festivais como o João Rock, com canções que propõem reflexões sobre temáticas importantes na sociedade sobre racismo, fome, conscientização ambiental e feminicídio.
Em sequência e ainda sobre a presença de um público tímido e razoável,a banda brasileira de indie pop formada em Natal/RN e que ganhou notoriedade nacional na terceira temporada do programa SuperStar, da TV Globo, do qual terminou como vice-campeã e também participaram de importantes festivais de música como Lolapalooza e Rock in Rio , Plutão Já Foi Planeta, integrados atualmente por Gustavo Arruda (voz, guitarra, contrabaixo elétrico); Sapulha Campos (voz, guitarra, ukulele, escaleta) e Cyz Mendes (voz), realizaram uma apresentação dinâmica e fervorosa, muito elogiada pelos presentes, pautadas em seu último trabalho de estúdio que inclusive nomeia a banda, mesmo diante de muitas danças das cadeiras com saídas e entradas de integrantes em curto espaço de tempo, adversidades neste festival , o trio provou para um público seleto que o nome deles não está para jogo e realizaram uma das melhores apresentações vespertina do line-up abrangente e assertivo do festival.
Esteban em apresentação no Blast Party-Foto: Renata Porto
Com espaço de tempo concorrido por conta dos atrasos que iniciaram as apresentações anteriores ,a apresentação do músico gaúcho e ex-integrante da banda Fresno, Esteban Tavares, iniciou-se com sequências de falhas e cortes no set-list programado anteriormente , o que teria irritado o músico, que manteve o profissionalismo durante todo o show de aproximadamente 40 minutos e foram apresentadas as canções mais esperadas da noite,''Carta aos Desinteressados", "Segunda-Feira" e "Sinto Muito Blues'', com grande retorno uníssono do público ,o músico ressaltou a importância da saúde mental e o bem-estar entre os jovens, enalteceu os ex-companheiros de carreira da banda Fresno, sugerindo um possível feat nas próximas apresentações que ambos sejam line-up do mesmo festival, mas demonstrou uma certa impaciência e descontetamento considerável quando no meio de suas falas e finalização do espetáculo teve o microfone cortado bruscamente, sua reação imediata foi o de jogar o microfone no chão com semblante inquieto, incomodado e bastante agitado , e diante do caos instalado e bastidores fervorosos, o artista protagonizou o primeiro grande conflito do festival, indo de encontro ao público acompanhado de toda sua produção, mas para iniciar uma discussão calorosa com a produção e os técnicos de som, com muitos gritos, torcidas e vaias, deixando todos que presenciaram a cena confusos, chateados e com certo receio pelo que poderia acontecer nas próximas apresentações.
Replace em apresentação no Blast Party-Foto: Renata Porto
Depois do controle da confusão pela organização ,Esteban Tavares ainda atendeu cordialmente alguns fãs e admiradores com distribuição de selfies e autógrafos, e com casa um pouco mais cheia pelo entardecer ,a banda paulista de emocore,que ficou muito conhecida em meados do auge e explosão do segmento em alta pela audiência da MTV no decorrer dos anos 2000, a banda Replace composta por Beto Ferrari (vocal e fundador), Caio Replace (voz e baixo) , Gabriel Buxini (guitarra), Emily (guitarra) e Marcio Rodrigues(bateria),realizaram uma apresentação energética pautada nos grandes sucessos da carreira como ''Ponto de Paz'', ''Depois do Amanhã'', ''Aprender a Voar'', entre outras , além de contar com participação especial da cantora também originária da mesma década dos ídolos teen da MTV e ex-integrante da banda CW7 ,Mia Wicthoff, que trouxe um pouco mais de versatilidade e uma nova releitura de um dos grandes sucessos do quinteto, que seguem em temporada de shows de retorno ás atividades em todo o país juntamente com a banda Restart.
Ananda em apresentação no Blast Party-Foto: Renata Porto
Sem muitos delongas, diversificando o line-up e agradando a audiência do público mais jovem da geração Tik-tok ,a modelo , cantora e influencer Ananda Morais conhecida pelo nome artístico apenas por Ananda ,que protagoniza mais de 19 milhões de seguidores em redes sociais como Instagram e Tik-Tok,com impressionantes números de visualizações em trabalhos autorais de clipes no Youtube, a artista de apenas 20 anos é uma grande aposta de talentos promissórios da geração atual, com participação bastante abragente e aclamada no festival Blast Party, a artista demonstrou domínio de técnicas musicais, sonoridade muito leve e cativante ,com canções pautados no pop-rock, figurinos estrelados, sensuais e joviais , que a tornaram conhecida e solidificaram sua carreira nas principais plataformas musicais ,a artista encantou seu público com sua música e presença de palco, sendo ovacionada integralmente até por quem não conhecia seus respectivos trabalhos.
Com grande expectativas por parte do público que já lotavam todo o espaço do evento para assistir a apresentação da banda norte-americana The Calling ,que está em turnê pelo país entre Abril e Maio em celebração de 20 anos do álbum de estreia “Camino Palmero”, algumas mudanças foram necessárias para manter dentro do limite todos os horários das apresentações. Sem avisos ou qualquer comunicado por parte da organização ao público, a banda norte-americana de rock alternativo Sleeper Signa, que iria se apresentar naquele momento estavam no local e simplesmente não subiram no palco e um espaço em branco e uma pausa gigante iniciou-se deixando o público impaciente e ainda mais angustiados. A banda The Calling entrou no cronograma daquele horário, mas o atraso aconteceu devido a sessão de fotos do meet-and greet com fãs no camarim que já tinha sido acordato anteriormente.
A banda The Calling-Foto: Renata Porto
Em torno das 22hrs30 a banda The Calling subiu ao palco com o espaço abarrotado de público, fãs, imprensa e convidados que lotaram a então aréa vip do front-stage, já que a produção retirou as grades que separavam o público da aréa vip com a aréa comum ,se tornando um único espaço , diante da dinâmica que tinha ficado intercalado em grandes distância e mantiam um espaço vazio no meio dificultando a estética e a visão mais dinâmicas e prejudicada do público ao centro do palco.
Sendo uma das atrações principais daquela noite, The Calling , uma das bandas de pop/rock de maior influência dos anos 2000, com canções atemporais que viraram trilhas sonoras de novelas e filmes, a banda americana liderada pelo vocalista e fundador Alex Band, é acompanhado pelo guitarrista/tecladista Daniel Damico e o baixista Dom Liberati. O baterista Joey Clement e o tecladista Ryan Levant participaram como membros convidados.
A banda The Calling-Foto: Renata Porto
Como em todas as apresentações dos músicos pelo país, sempre é muito lotado, o público em maioria feminino, muitas gritarias e euforia, e os artistas são ovacionados integralmente. Tinha especialmente um público nostálgico, outros emocionados com olhos marejados intercalados com o carisma, simpatia e uma certa timidez do vocalista Alex Band em interagir com o público , o que por alguns minutos fez o público esquecer dos perrengues, distâncias para chegar no espaço, espera e atrasos impertinentes que antecederam essa apresentação. Mesmo sendo o headliner principal do festival e uma atração inédita para a cidade de Guarulhos, o show do The Calling seguiu os padrões estabelecidos pela organização e manteve o set-list encurtado, o que explicitamente desagradou a banda e causou uma certa frustação no público que anseiavam por esse espetáculo.
A banda The Calling já tinha cancelado anteriormente duas vezes a turnê no país por falta de logística para viabilizar esse projeto. A apresentação da banda foi marcado por um set-list de momentos distintos da banda , recheados de hits que marcaram a geração dos anos 2000 como ''Adrienne'',''Tonight'', ''We 'Ve All Been There'', “Wherever You Will Go'', e a canção favorita do vocalista ,''STIGMATIZED'' em momento voz e violão de Alex Band, realizado com muita maestria e o conhecido profissionalismo atrelado a confiança no seu próprio trabalho em realizar apresentações memoráveis e impecáveis com melodias que impactaram toda uma geração. A finalização da apresentação da noite ficou por conta de canções que não estavam no set-list como ''For You'', o público clamou e os músicos atenderam , mas encerraram definitivamente com “Unstoppable”, demonstrando o porquê uma banda com mais de 20 anos de carreira ainda é atual, com as canções que fizeram ou fazem parte de suas vidas, aclamada e cúmplice por um público em maioria jovens , saudosistas de uma época que ainda se faziam boas melodias, arranjos e as letras eram cheias de sentimentalismos, se tornando a trilha sonora de momentos importantes da maioria das pessoas que apreciam a sonoriedade, carreira e o trabalho árduo e persistente de composições assertivas, autorais e cheias de significados dos participantes desse quarteto musical. A banda ainda oferece mais uma oportunidade de despedida e se apresenta mais uma vez em São Paulo finalizando a turnê brasileira de 18 apresentações , além de participações em programas televisivos de grande audiência ,a apresentação será em 24 de Maio na casa de shows, Carioca Club, zona oeste da capital.
Fresno em apresentação no Blast Party-Foto: Renata Porto
Previstos para a finalização da grande noite de celebração em virtude de 15 anos de atividades da gravadora Blast Stage Records, alguns perrengues e grandes concertos musicais, a banda gaúcha de emo-rock que dispensam apresentações, Fresno, composta atualmente por Lucas Silveira, Gustavo Mantovani (os dois remanescentes da formação original) e Thiago Guerra, uma das poucas bandas revelações que são sobreviventes do segmento pós MTV e que seguem ininterruptmente em atividade musical lançando discos e projetos aclamados pela crítica , tendo shows grandiosos espalhados por todo o país, sempre em sold-out, ficaram responsáveis por fechar a celebração da noite com grande estilo e um set-list recheados de canções de distintas fases da carreira, frenéticas, melancólicas ,cheias de identidade, abordando temáticas importantes e enaltecendo o amadurecimento explícito nas composições, arranjos e melodias de várias fases em mais de 20 anos de carreira.
Como de costume a banda que envelheceu junto com seu público e sempre foram conhecidos pela pontualidade em seus shows, subiram ao palco do Espaço Inter sobre aplausos e inúmeros coros entoando dizeres ensaiados como - ''Puta que pariu, a Fresno é a Melhor Banda do Brasil. Fresno!'', repetidas diversas vezes, enquanto os músicos sem falsas modéstias e mantendo seu perfil sem deslumbramento , agradeceram e levavam na esportiva e até brincaram com os presentes que eles não são leais e entoam esses gritos para todas as bandas, divertindo o público.
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