''Chico Chico e João Mantuano são indicados ao Grammy Latino''
Dupla, lançada pelo selo Toca Discos, concorre na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa com A Cidade
Crédito: Divulgação
O selo Toca Discos emplaca mais uma indicação ao Grammy Latino. Na edição deste ano, a dupla Chico Chico e João Mantuano concorre na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa com 'A Cidade', música do disco homônimo lançado em março deste ano.
'A Cidade' é uma composição de Chico Chico, o filho da Cássia Eller, ao lado de Lucas Videla. Ouça aqui: https://rebrand.ly/acidade.
É a faixa de abertura do disco, marcada pela força do instrumental e do refrão da letra que critica a forma como as metrópoles consomem o indivíduo: "Bons homens têm fome, homens maus comem", eles cantam.
Chico Chico fala sobre a indicação. "É emocionante, um reconhecimento legal de poder participar e ainda com uma música feita ao lado de um grande amigo, o Videla, com quem tenho muitas histórias. É uma alegria".
Videla revela que a indicação trouxe memórias da época em que A Cidade foi composta e dos anos de amizade com Chico. "É um sonho viver a indicação com um grande amigo, sou muito sortudo de conviver com ele".
Antes de 'A Cidade' de Chico Chico & João Mantuano, a Toca Discos participou do Grammy por meio de indicações do The Baggios (duas) e Chal.
O álbum
Chico Chico, junto ao conterrâneo e amigo de longa data João Mantuano, lançaram em 2021 um álbum que leva o nome dos cantores e violonistas. Ouça: https://links.altafonte.com/chicoejoao.
O disco foi gravado na Toca do Bandido (Rio de Janeiro), produzido por Felipe Rodarte e mixado pelo engenheiro de som Raphael Dieguez. São 12 músicas que apostam e convencem pela mistura de melodias, texturas e sentimentos, todas elas conduzidas pelos violões expressivos de Chico e João.
Da efusiva ‘Largo do Machado’, passando pela minimalista pop ‘Pra Tua’, a blueseira moderna ‘Medo’ e a swingada ‘Vai com Deus’, a dupla faz música com uma poética única e ousada.
Chico Chico & João Mantuano, o disco, é plural tanto no instrumental, quanto na parte vocal, desconstruindo ritmos para conceber novas métricas e provocações sonoras.
E não seria possível atingir esse resultado sem contar com a parceria de som e vida dos músicos Pedro Fonseca (teclados e edição), Miguel Dias (baixo) e Lucas Videla (percuteria), que ainda assumem com brio a criação dos arranjos junto ao produtor Felipe Rodarte.
"Esse é o resultado de três anos de trabalho numa banda que acumula quase 20 anos de amizade e um pouco mais do que isso de vivência em nossas individualidades urbanas. Por vezes doce, quase sempre ácida. Esse disco é sobre isso”. - Chico Chico
"Nosso jeito de retratar a vida urbana, histórias, personagens e cenários, sentimentos intensos, reflexões, textura, felicidades frias pelo tempo, futuros fatais. E uma banda de identidades". João Mantuano
O produtor Felipe Rodarte também comenta sobre o disco, que como ele destaca, entrelaça e abraça a ousadia, formando um mosaico do que almejam para uma MPB contemporânea, carregada de elementos de pós produção e inovação. "Sem perder de vista os pés no chão, mas a cabeça ultrapassou as nuvens".
“Trabalhamos três anos nesse álbum. Buscamos neste álbum trazer a MPB para uma sonoridade mais contemporânea, por meio de uma produção atual, com eletrônicos. E tudo mesclado à qualidade técnica dos músicos dos instrumentos orgânicos. Estamos renovando a MPB tradicional. Trago neste álbum outros elementos que fiz nas produções dos discos com Ava Rocha, Baco Exu do Blues, Marcelo Falcão e do álbum pop que vai ser lançado do Vinicius”. produtor Felipe Rodarte
Conheça o trabalho de Chico Chico (@duasvezeschico) e de João Mantuano (@joaomantuano).
Resenhas Miúdas disse:
"A cidade passa sobre mim" diz o primeiro verso do álbum. A cidade - essa cruel, frenética, impositiva, sedutora, suja, poética - é o ambiente no qual cresce Chico Chico e João Mantuano.
No disco a dupla atravessa a vida urbana que se experimenta aos 20 e poucos: as grandes questões, as pequenas, a filosofia, os prazeres. Tudo dito (no canto, na lírica, no instrumental) com a sinceridade de certa agressividade ingênua (ingenuidade agressiva) e enorme senso de urgência. "Eu já deixei tanto tempo passar", diz outro verso.
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