''Scalene faz shows da nova turnê 'Respiro'no Sesc 24 de Maio''
Com duas sessões esgotadas,a banda Scalene se apresentou em uma única data no Sesc 24 de Maio para apresentar a turnê do novo álbum intitulado 'Respiro',além de repertório com canções que marcaram a carreira.
Scalene-Foto:Renata Porto
A banda de indie-rock brasiliense Scalene realizaram no último sábado(15-02),duas apresentações consecutivas do novo álbum de estúdio intitulado 'Respiro'',em uma apresentação mais intimista no teatro do Sesc 24 de Maio,na região central da cidade de São Paulo.
Com ingressos esgotados nas duas sessões,o quarteto brasiliense formado por Gustavo Bertoni(voz e guitarra),Tomás Bertoni(guitarra e teclado),Lucas Furtado(baixo) e Philipe''Makako'Nogueira(bateria),o Scalene subiu ao palco e realizou uma apresentação num formato inédito,distante de tudo que já realizaram em dez anos de carreira,completados em 2019.Com repertório composto em maioria por canções do recente álbum,a banda apostou em uma apresentação mais dinâmica,intimista e ousada,transitando em várias vertentes da música e explorando diferentes arranjos e sonoridade,focada em algo com mais elementos brasileiros.
Com mudanças no visual da banda em adereços e vestimentas mais escuros com tonalidade de peso e melancolia,a banda Scalene iniciou a apresentação com as canções ''Vai Ver'',''Tabuleiro'',''Casa Aberta'',''Cartão Postal'',entre muitas outras transitando em repertório das músicas do quinto álbum de estúdio,além de incluir canções que consagraram sua trajetória como ''Amanheceu'',''Silêncio'',''Legado'',''ESC(caverna digital)'' e a esperada pelo público da banda,''Surreal''.
Em alguns momentos da apresentação,Gustavo Bertoni interagiu com a platéia,principalmente enfatizando a mudança no novo trabalho e a inclusão de instrumentos como violão,teclado e música eletrônica,em um formato bem diferenciado da proposta da banda.Em outros momentos o vocalista que estava mais receptivo e mais bem-humorado, perguntou ao público composto por grande maioria por jovens e adolescentes,quem estava pela primeira vez no show da banda e para surpresa deles,a grande maioria levantou os braços,ao qual com um belo e radiante sorriso nos lábios fez questão de agradecer a presença e em clima convidativo desejou boas vindas aos visitantes.Dando sequência a apresentação,a banda ainda trouxe aos palcos para dividir o microfone em uma das novas canções,a amiga e cantora Luiza Pasquale,que entornou e trouxe um toque feminino,cheio de representatividade á essa apresentação.
Em mais um momento descontraído do show,a banda convidou o público para sair de suas cadeiras numeradas e assistirem a apresentação em pé um pouco mais próximo do palco,trazendo mais energia,vigor e interatividade para o decorrer do concerto.Dando voz aos fãs que se mantiveram inquietos,algum fã gritou em alto em bom som de forma humorada ao vocalista Gustavo Bertoni algo como ''E a Anitta'',fazendo menção aos boatos de um possível relacionamento do vocalista com a cantora,que aos risos,o vocalista prontamente respondeu ''em qual sentido,atualmente tem dois'',levando o público ao delírio e reforçando o boato,visivelmente sem graça,continuou a apresentação,desfocando o assunto da vida pessoal definitivamente.
Com doses de emoção,criatividade e melancolia,a banda Scalene realizou em torno de uma hora e meia de apresentação com um set-list em torno de dezenove canções,finalizando a apresentação com as canções ''Percevejo'',''Ciclo Senil'' e ''O Que é Será'',encerrando o show com uma importante e necessária reflexão sobre a vida,demonstrando uma maturidade sonora sem medo de ousar e inovar,se preocupando peculiarmente em não perder ou ameaçar a identidade e toda construção sonora da banda.
