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''Arnaldo Antunes mistura rock com samba em novo projeto em apresentações no Sesc Pompéia em

O cantor,compositor e ex-integrante da banda de rock Titãs,Arnaldo Antunes trouxe no último final de semana sua nova turnê do recente álbum de estúdio ''RSTUVXZ''em três apresentações no Teatro do Sesc Pompéia em São Paulo.


Arnaldo Antunes no Sesc Pompéia-Foto:Renata Porto

Dispensando apresentações,o músico,compositor,poeta e ex-titãs,Arnaldo Antunes esteve recentemente em São Paulo para apresentar seu recente projeto,baseado em seu disco de estúdio intitulado ''RSTUVXZ''(2018),em três apresentações(31 de Janeiro ,01 e 02 de Fevereiro) no Teatro do Sesc Pompéia.Com ingressos esgotados,o músico que mantém uma bem-sucedida carreira e trajetória desde sua saída da banda Titãs em meados dos anos 90,segue em carreira solo como nos projetos paralelos como a banda Pequeno Cidadão(projeto infantil e educativo através da música) e Tribalistas(formadas por Arnaldo,Marisa Monte e Carlinhos Brown),que retomou atividades no último ano com apresentações em grandes estádios brasileiros, o ex-titãs não cansa de se reinventar e apresenta ao seu público um projeto audacioso mesclando rock com samba.


O artista conhecido pela sua irreverência e capacidade de criação,dono de uma voz encorpada e exuberante,tem álbuns bem avaliados pela crítica em consequência de seu intenso trabalho para conquistar um posto qualificativo na nossa música popular brasileira, e com o atual disco não foi diferente,recheados de canções intensas,com muita poesia,com algumas canções voltadas as raízes do samba sem deixar seu rock roll agressivo de lado.Nas apresentações realizadas no Teatro do Sesc Pompéia,o artista disputou espaço com o também músico e rockeiro, Humberto Gessinger que se apresentava ao lado na Comedoria do Sesc,mas manteve duas datas de apresentações sobrelotadas com abertura dos dois lados da platéia do teatro em apresentações simultâneas,além de camarote lotados com vista privilegiadas dos dois lados das duas platéia.


O artista faz questão de ressaltar em seus shows,não se trata de um projeto de samba-rock,e sim um disco com espaço tanto para o samba,gênero musical popular que o mesmo admira por ser extremamente brasileiro, quanto o rock,característico de sua carreira.Sem muito espaço para reflexão e com poucos minutos de atraso,a apresentação se iniciou com repertório composto por canções de releituras em homenagens a grandes artistas do samba de raiz,que faz o grande público voltar ao tempo como ''Mosca na Sopa,Amanhã de Manhã,Eu Todo Mundo, A Samba e Talismã'' que permite ao expectador realizar uma viagem ao tempo e se deliciar com chorinhos,barulho da cuíca,pandeiros juntamente com violão,guitarras e sintetizadores.


Em um set-list composto por vinte e sete canções,o músico explora o que de melhor e relevante tivemos na música brasileira nos últimos anos,e neste propósito, pede um banquinho para a produção para se sentar e apresentar interpretações de canções famosas de Cazuza e Paulinho da Viola como ''Exagerado e Vou Festejar'',toda em formato acústico,em novas releituras empoderando sua voz grave e impactante.O público estava eufórico e o artista foi aplaudido e ovacionado constantemente.Em uma platéia formada por público de todas etnias e gerações,sentados em suas cadeiras de madeiras enumeradas,arriscavam vez ou outra pedir alguma canção de discos anteriores,mas já acostumados com a nova fase de sua carreira,era praticamente raro algum pedido de algum fã para alguma canção que relembre seus momentos de integrante na banda Titãs,uma das poucas bandas em ativa desde 1980 até os dias de hoje.


Sempre muito introspectivo,Arnaldo sempre se mantem em constante movimento no palco,sendo suas danças desconexas,um outro show á parte.Em breves momentos de interação com a platéia,muito em formato de monólogo,o artista explica as referencias e o processo criativo desse novo show.E arrebatando de vez o coração e a audição da platéia,intercala com canções de sua carreira,alguns sucessos do Titãs com composições suas como ''Televisão e O Pulso'',está última encerrando em grande estilo a apresentação daquela noite.

Arnaldo Antunes no Sesc Pompéia-Foto:Renata Porto

Arnaldo Antunes tem sempre uma forma peculiar de conduzir suas apresentações,sempre muito imprevisível,o que não transforma em um show extremamente monótono.Carismático,o artista trouxe outros momentos a apresentação com canções em resgates do rock,iniciadas com guitarras distorcidas entre outras canções emblemáticas da carreira do músico como ''Fora de Si,Essa Mulher,Consumado ''entre muitas outras que permitiu ao público vivenciar diferentes vertentes do artista em questão.Após a primeira parte da apresentação,o músico juntamente com sua banda se despediram cordialmente da platéia e se retiraram temporamente,e com inúmeros pedidos em sincronia pelo bis,como de costume em todas as apresentações realizadas no teatro, o público se levantou de suas cadeiras numeradas e e em grande quantidade dos dois lados,aproximaram do palco para ter a possibilidade de além de uma apresentação mais intimista,estar próximo de seu ídolo.

Arnaldo Antunes no Sesc Pompéia-Foto:Renata Porto

Com uma identidade sonora cada vez mais cativante e autêntica,o repertório de um dos principais compositores da música popular brasileira, acabou por realizar um retrospecto generoso de mais de vinte anos de carreira do Arnaldo,dialogando entre homenagens a grandes artistas de diversas gerações, além de sucessos consagrados na trajetória do músico.A última parte da apresentação foi composta por sucessos autorais,acompanhado pela banda formada pelos músicos André lima(teclados e vocais),Betão Aguiar(baixo,violão de nylon,guitarra e vocais),Chico Salem(violão de nylon,guitarra e vocais) e Curumin(bateria,programações,percussão e vocais),o artista trouxe uma convidada ao palco para realizar duetos com ele nas canções ''Orvalhinho e Envelhecer'',além de encerrar a apresentação como mencionado anteriormente com a frenética canção da época do Titãs, ''O Pulso'',fechando a apresentação de quase duas horas com chave de ouro.


Arnaldo Antunes no Sesc Pompéia-Foto:Renata Porto






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