''CPM 22,Dead Fish e Dance of Days realizaram um show histórico no Tropical Butantã no últim

Bandas Cpm 22,Dead Fish e Dance of Days com trajetória longa no hardcore se reuniram no último domingo no Tropical Butantã e realizaram um show histórico e emocionante em São Paulo.

Dead Fish-Foto:Felipe Giubilei

Em meio a um final de semana caótico,histórico e cheio de emoções pelo País,a agência Sob Controle reuniu em um único festival bandas como Rocca,Dead Fish,Dance of Days e CPM 22 no Tropical Butantã na zona Oeste de São Paulo.

A primeira banda a se apresentar foi os cearenses ativistas no cenário underground e expoente da cena rock nordestina a banda Rocca que com muita autenticidade,trouxeram um rock vivaz e animou o público que começava a chegar e ia ganhando espaço no festival.A banda é formada por Maurílio Fernandes(vocal),o guitarrista Igor Dantas e o baixista Daniel Meneses,com uma proposta diferenciada e eclética ,Rocca trouxe sucessos autorais como Anti-herói ,o primeiro single do atual disco da banda e segundo da carreira deles.

Nenê Altro e Badauí-Foto:Renata Porto

Logo em seguida se apresentaram os experientes e uma das bandas mais antigas do cenário mainstream e independente, os paulistanos da banda Dance Of Days,que chegaram animando o público tocando de cara seus maiores sucessos que consequentemente os consagraram em meados dos anos 2000.Quem acompanha a banda nestes 27 anos de estrada com certeza sentiu um diferencial em relação a energia e postura em palco dos atuais integrantes.Com formação nova onde só permaneceram da primeira formação, Nenê Altro (vocalista) e Marcelo Verardi (guitarrista),a banda perdeu um pouco a sua essência e a energia nos palcos que também os consagraram no decorrer de sua carreira.

Era perceptível muitas caras novas que deveriam estar tendo contato com as bandas recentemente,mas também tinha um público cativo que agitou e cantou junto todos os sucessos da banda.Dance of Days é uma banda que os membros tem em torno de seus 30,40 anos e vem de uma outra geração semelhante a maioria que tocou no festival neste domingo.

Não faltaram sucessos como Adeus Sofia,A Valsa das Águas Vivas, Lírios aos Anjos,A Balada do Corcel Verde Velho, Me Leve as Estrelas,além de tocarem Vai Ver É Assim Mesmo, que contou com a presença “surpresa” de Badauí do CPM22,o que levou o público ao delírio,o músico se antecipou e fez o dueto com Nenê Altro,relembrando aos muitos presentes que já gravaram juntos e são amigos de longa data ,com esta canção que faz parte do disco álbum A Valsa das Águas Vivas de 2004.

Dead Fish-Foto:Felipe Giubiliei

A penúltima apresentação da noite ficou por conta dos capixabas mais respeitados do underground do cenário nacional,a banda Dead Fish ,que sem cerimônia entraram no palco e colocaram para quebrar a estrutura do Tropical Butantã.A banda tocaram seus maiores sucessos que a grande maioria já conhece de anti-mão,abriu-se diversas vezes grandes rodas punks,mas ouve ausência de ''mosh ''diante da grade imensa que separava público do palco.

Conhecidos por serem extremamente de esquerda e libertários com discursos intensos sobre posições políticas em seus shows nesta trajetória de mais de 25 anos,Rodrigo (vocalista)não deixou barato e dedicou o show inteiro ao ex-presidente Lula com dizeres-‘’O herói do nosso País’’,além de mostrar sua indignação com a prisão do ex presidente Lula, mostrando também em pausas no show muito explicitamente suas ideologias de esquerdas ,descontentamento e aversão ao prefeito e governador da cidade de São Paulo.Entre muitas vaias,o músico continuou seu show sem se importar com as manifestações contrárias por alguns da maioria.

A banda já tinha se posicionado sobre isso em sua página do Facebook com a seguinte frase:''o Dead Fish é uma banda de Esquerda,pra Esquerda e da Esquerda.Se você é de Direita e cola neste rolê,deve ter algo meio errado ccom você...'' o que de fato gerou polêmica e repercussão,quem já acompanha a banda há muito tempo sabe que eles se posicionam sempre politicamente nos seus shows.

O set list ainda contou com músicas como Venceremos, Piada Liberal, Modificar, Autonomia, Selfego Factóide, Molotov, MST e Proprietários do Terceiro Mundo.Dos seus discos mais antigos e também mais conhecidos vieram canções como A Urgência, Tão Iguais e Asfalto Escapando, Sobre a Violência, Zero e Um e Queda Livre e fechou a apresentação com Afasia, Bem Vindo ao Clube e a Sonho Médio.

CPM 22 no Tropical Butantã-Foto:Eduardo Costa

A última apresentação e a mais esperada da noite foi da banda com mais de 20 anos de história e uma das mais respeitadas e influentes do País ,a banda paulista CPM 22 que trouxe no seu gigante repertório ao palco do Tropical Butantã,as canções da sua nova turnê do disco Suor e Sacríficio.Os músicos emocionaram o público presente diversas vezes com muita nostalgia e novidades,com uma boa aceitação do novo disco, nesse espaço que em pleno domingo de noite decisiva de campeonato paulista, com lotação máxima e público de todas faixas etárias , finalizaram a última apresentação intercalando sucessos antigos com sucessos atuais do novo disco.

O show memorável trouxe três bandas importantes e cheias de histórias no rock do País,intensificando que a cena continua em intensa transição, que o amadurecimento de muitas bandas trouxe um trabalho mais focado na mudança e na evolução,com agendas de shows ativa e avante,com um legado relevante para a música em especial ao rock no Brasil.

O local escolhido para o evento é aconchegante e espaçoso,com uma variedades de bebidas e comidas a disposição dos presentes,onde funcionários transitavam pela casa para a compra das fichas ser mais cômoda e com ausência de grandes filas.O espaço contava com pista e camarote de acordo com o ingresso comprado com visão ampla de qualquer localidade da casa.

Fã da banda CPM 22-Foto:Renata Porto