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''CIA LUDENS REALIZA LEITURA DA PEÇA NO PÂNTANO DOS GATOS... NA SALA CULTURA INGLESA DO CENT

Texto da dramaturga irlandesa Marina Carr inspirado na tragédia “Medeia”, de Eurípides. Com direção de Domingos Nunez, a leitura contará com a presença da autora e será seguida do lançamento do livro com a tradução da peça, de Alinne Fernandes



A Cia Ludens realiza leitura dramática da peça NO PÂNTANO DOS GATOS..., no dia 8 de novembro, quarta-feira, às 19h30, na SALA CULTURA INGLESA DO CENTRO BRASILEIRO BRITÂNICO. O texto, inédito em São Paulo, da dramaturga irlandesa Marina Carr, é inspirado na tragédia “Medeia”, de Eurípides. O evento contará com a presença da autora e o lançamento do livro com a tradução da peça, de Alinne Fernandes. Com direção de Domingos Nunez, o elenco conta com: Lígia Cortez, Marco Furlan, Ângela Barros, Amazyles de Almeida, Anna Toledo, João Bourbonnais, Walter Granieri, Luiza Porto, Órion Lalli, Chico Cardoso, Julio Pompeo, Nathalie Machado, o músico Vinícíus Davidovitch e a cantora Fabiana Portas.


NO PÂNTANO DOS GATOS... conta a história de Hester Swane, uma mulher cigana irlandesa que se recusa a viver conforme normas e papéis sociais femininos tradicionais. Hester vive em um trailer no “pântano dos gatos”, à espera da volta de sua mãe, que a abandonou na infância, em constante tentativa de encontrar um sentido para o abandono pessoal e social que enfrenta. O pântano, como um espaço proteico e liminar de acomodação entre a vida e a morte, entre este e outro mundo, entre realidades sociais distintas e conflitantes, abriga seres humanos e fantasmas e se torna um espaço de liberdade e ação para Hester Swane.


“A obra de Carr é bastante experimental e combina aspectos que a tornam uma mistura híbrida do mítico, do grotesco e de elementos do realismo. A autora inspira-se muitas vezes em mitos gregos, mas também recorre ao folclore irlandês e a fatos históricos, na criação de enredos, personagens e cenários marcantes. Sua dramaturgia aborda temas como identidade, terra e propriedade, a experiência feminina e a questão da mulher – seu poder e vulnerabilidade, na Irlanda e como temas universais”, afirma a professora especialista em literatura irlandesa e produtora Beatriz Kopschitz Bastos.




O evento tem produção de Beatriz Kopschitz Bastos e Silvia Marcondes Machado, e conta com o apoio da Embaixada da Irlanda no Brasil, do Consulado Geral da Irlanda no Brasil e da Cultura Inglesa. Pela primeira vez no Brasil, Marina Carr participará também da II Jornada do Núcleo de Estudos Irlandeses da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, organizada por Beatriz Kopschitz Bastos, Alinne Fernandes e Maria Rita Viana.






Marina Carr: É a dramaturga mais aclamada da Irlanda contemporânea, com inúmeros prêmios nacionais e internacionais, tais como: Puterbaugh Fellowship (2012); E. M. Forster Award (2001); e Susan Smith Blackburn Prize (1997). A premiação mais recente é o Windham-Campbell Prize de Yale University, em 2017. Sua obra já foi traduzida para diversas línguas estrangeiras e é revisitada com frequência nos palcos da Irlanda e no contexto internacional. Até o ano de 2016, By the Bog of Cats…” foi traduzida e encenada na Turquia (2016), Estônia (2013), Alemanha (2012, 2004 e 1999), República Tcheca (2009 e 2005), Sérvia (2009), Hungria (2005 e 2004), Bélgica (2005 e 2000), Japão (2005) e Noruega (2003). Só no ano de 2001, a peça foi produzida por duas companhias teatrais nos Estados Unidos. Houve também uma produção inglesa em 2004 e, mais recentemente, depois de sua estreia no Abbey Theatre, o teatro nacional irlandês, em 1998, a peça recebeu uma nova produção no Abbey entre agosto e setembro de 2015. No Brasil, uma produção da tradução de Alinne Fernandes de “By the Bog of Cats...”, como “Era uma vez no pântano dos gatos”, com direção de Carmen Fossari, foi apresentada no teatro da UFSC, em Florianópolis, em 2010. Uma leitura da peça “Ariel”, em tradução de Zoraide Carrasco Mesquita e direção de Domingos Nunez, foi apresentada no II Ciclo de Leituras da Cia Ludens, “O teatro irlandês do século XXI: a geração pós-Beckett”, no SESC São Paulo, em 2006. Marina Carr nasceu em Dublin, em 1964, e cresceu no Condado de Offaly, no interior da Irlanda – uma região caracterizada pela presença dos famosos bogs, pântanos ou turfeiras, que viriam a permear e constituir o material primário e inspiração de parte significativa da obra da dramaturga. Proveniente de uma família de artistas – seu pai era também dramaturgo e sua mãe, professora e poeta –, Marina interessou-se pela atividade teatral ainda na infância. Frequentou a University College Dublin, onde começou a escrever e graduou-se em Inglês e Filosofia em 1987. Mais tarde, recebeu o título honorário de Doutora também naquela universidade. Foi escritora residente no Abbey Theatre, o teatro nacional irlandês, em Dublin. Além de dramaturga, Marina é também acadêmica, já tendo lecionado em Trinity College Dublin, Princeton University e Villanova University. Autalmente, leciona no Departamento de Inglês de Dublin City University. Com uma obra teatral de mais de vinte peças, Marina Carr se firmou como dramaturga de sucesso na década de 90. Dentre as peças mais conhecidas e premiadas estão “The Mai” (1994), “Portia Coughlan” (1997) e “By The Bog of Cats...” (1998), inspiradas em tragédias de Sófocles e Eurípides. A peça mais recente, uma adaptação para o placo de Anna Karenina, de Tolstói, estreou no Abbey Theatre em 2016. Marina Carr era, até a década de 90, uma das poucas mulheres irlandesas a ter uma peça representada no palco principal do Abbey Theatre.


Cia Ludens: Foi fundada em São Paulo, em 2003, e dedica-se à investigação teórica e prática da dramaturgia irlandesa e seu diálogo com a realidade social, cultural e política do Brasil contemporâneo. A companhia realizou seis montagens de peças irlandesas inéditas no país – “Dançando em Lúnassa” (Dancing at Lughnasa, 2004/2013) e “O fantástico reparador de feridas” (Faith Healer, 2009), de Brian Friel; “Pedras nos bolsos” (Stones in His Pockets, 2006), de Marie Jones; “Idiota no país dos absurdos” (The Simpleton of the Unexpected Isles, 2008), de Bernard Shaw; “Balanganguéri, o lugar onde ninguém mais ri” (Bailegangaire, 2011), de Tom Murphy, todas com tradução e direção de Domingos Nunez. A produção mais recente da companhia foi “As duas mortes de Roger Casement”, peça-documentário escrita e dirigida por Domingos Nunez, resultado de sua pesquisa de pós-doutorado na UNESP-SJRP, sob a orientação do Prof. Dr. Peter James Harris e bolsa da CAPES. A companhia também realizou quatro ciclos de leitura – “O teatro irlandês do século XX” (2004); “O teatro irlandês do século XXI: a geração pós-Beckett” (2006); “Bernard Shaw no século XXI” (2008); “Cia Ludens e o teatro documentário irlandês” (2015); além de ter publicado obras do teatro e cinema irlandês, em parceria com editoras universitárias e comerciais.


Informações:

NO PÂNTANO DOS GATOS... – Dia 8 de novembro de 2017, quarta-feira, às 19h30.


Texto: Marina Carr.


Tradução: Alinne Fernandes.


Direção: Domingos Nunez. Com Cia Ludens.


Elenco: Lígia Cortez, Marco Furlan, Ângela Barros, Amazyles de Almeida, Anna Toledo, João Bourbonnais, Walter Granieri, Luiza Porto, Órion Lalli, Chico Cardoso, Julio Pompeo, Nathalie Machado, o músico Vinícius Davidovitch e a cantora Fabiana Portas.


Duração: 90 minutos.


Recomendação: 14 anos.


Entrada gratuita, sujeito a lotação do auditório.


SALA CULTURA INGLESA DO CENTRO BRASILEIRO BRITÂNICO – Rua Ferreira de Araújo, 741 – Térreo - Pinheiros. Telefone: 3819-4120. Capacidade 147 lugares. Entrada gratuita - Ar condicionado – Café – Estacionamento tarifado no local - Acesso para cadeirantes.


Fonte:Amália Pereira



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